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Barletta

Tuberculose

A carência de nutrientes essenciais a longo prazo prejudica o sistema imunológico, deixando o organismo suscetível à infecções bacterianas e virais.


Nutrientes que melhoram o sistema imunológico mostraram efeitos benéficos contra a tuberculose.
Nutrientes que melhoram o sistema imunológico mostraram efeitos benéficos contra a tuberculose.


Tuberculose (TB)


A tuberculose continua sendo uma das principais causas de morte por infecção entre adultos no mundo. A incidência global de tuberculose (8 a 12 milhões de novos casos de tuberculose ativa por ano) resulta na morte de mais de 2 milhões de pessoas por ano. Os países mais pobres têm 90% dos casos de tuberculose registrados, com incidência concentrada principalmente na África, onde mais de 500.000 pacientes com tuberculose morrem anualmente. A Tuberculose é uma doença associada à pobreza e é prevalente em indivíduos desnutridos. O problema é ainda agravado pelo uso generalizado de medicamentos ARV que podem danificar o sistema imunológico de pacientes com AIDS que os tomam. De fato, um grande número de pacientes com AIDS morre de tuberculose, mesmo que o tratamento convencional utilize antibióticos.

 

Progressão e risco da doença


A tuberculose se desenvolve quando, após a infecção pelo bacilo da tuberculose, as bactérias superam as defesas do sistema imunológico e começam a se multiplicar. Em cerca de 1% a 5% dos pacientes isso ocorre logo após a infecção. No entanto, na maioria dos casos, a doença se desenvolve após um período mais longo, às vezes de até alguns anos. Tal infecção latente não tem sintomas óbvios. O risco de ativação das bactérias aumenta quando o sistema imunológico está prejudicado, principalmente pela carência prolongada de micronutrientes essenciais e a consequente desnutrição do organismo. Os pacientes com risco aumentado de contrair tuberculose são aqueles com diabetes, aqueles em terapia prolongada com corticosteróides e drogas imunossupressoras, pacientes com câncer (especialmente com leucemia e doença de Hodgkin), pacientes que fizeram bypass intestinal e aqueles que sofrem de síndromes crônicas de má absorção, deficiência de vitamina D e baixo peso corporal.

 


Tratamentos convencionais


O tratamento convencional contra a Tuberculose (TB) é baseado no uso de antibióticos para matar a bactéria. Os antibióticos mais usados ​​são a rifampicina e a isoniazida. No entanto, a tuberculose requer períodos de tratamento muito mais longos do que a maioria das outras infecções bacterianas, levando cerca de 6 a 12 meses para eliminar as bactérias do organismo. Há uma preocupação crescente com a resistência das bactérias aos antibióticos usados contra a tuberculose. Estima-se que cerca de 20% dos casos de TB que se desenvolveram entre 2000 e 2004 eram resistentes aos tratamentos padrão. Nos casos em que as bactérias tornam-se resistentes o tratamento convencional pode durar até 2 anos com uso de vários medicamentos que geram graves efeitos adversos, que resultam na morte de cerca de 40% a 60% dos pacientes nessas condições. A hepatotoxicidade é o efeito adverso mais comum do tratamento padrão da TB. Isso pode ser indicado por um aumento no nível de enzimas (transaminases) que são os marcadores de dano às células do fígado (que em casos extremos pode levar à interrupção do tratamento da TB). Esse tratamento também pode levar à insuficiência hepática aguda e até à morte. A hepatotoxicidade por isoniazida é mais comum, principalmente quando combinada com rifampicina. Contudo, a pirazinamida é a mais hepatotóxica entre todas as drogas anti-TB existentes. A crescente incidência mundial da tuberculose, especialmente da tuberculose multirresistente, exige a busca de novas alternativas de tratamento, mais eficazes e menos tóxicas.

 


Micronutrientes e Tuberculose


A desnutrição é uma deficiência crônica de nutrientes essenciais para o perfeito funcionamento do sistema imunológico, deixando o organismo com maior suscetibilidade à infecções bacterianas e virais. Nutrientes que melhoram o sistema imunológico, como a vitamina C (ascorbato) e outros antioxidantes, mostraram efeitos benéficos em vários tipos de infecções, incluindo a tuberculose. Antioxidantes usados ​​em conjunto, em regimes padrão, mostraram acelerar a cura da tuberculose. Estudos mostraram que a vitamina C pode prevenir o crescimento de culturas da bactéria da tuberculose. Nutrientes como vitamina C e lisina podem ajudar a melhorar o sistema imunológico, mas também contribuem para impedir a propagação de agentes infecciosos. De acordo com as descobertas do Instituto de Pesquisa Dr. Rath, esses nutrientes são fundamentais para inibir a atividade da plasmina e das metaloproteinases de matriz (MMP-2 e MMP-9), que são usadas por bactérias e outros agentes infecciosos para se espalhar no organismo. Pacientes com tuberculose apresentam níveis elevados de MMP-9, que é secretada tanto pelo bacilo quanto pela resposta do hospedeiro à infecção pelo "Mycobacterium tuberculosis". O uso de micronutrientes é essencial para manter uma ótima síntese e estrutura do tecido conjuntivo, fortalecendo a barreira natural contra a propagação das infecções.

A tuberculose pulmonar é acompanhada de inflamação e está relacionada ao estresse oxidativo, que leva ao desenvolvimento de fibrose pulmonar e suas disfunções. Pacientes com tuberculose, mesmo após tratamento medicamentoso aparentemente bem-sucedido, ainda demonstram altos níveis de peróxidos lipídicos circulantes e baixas concentrações de vitamina E no plasma. A administração de nutrientes como ácido ascórbico e vitamina E demonstrou acelerar a cicatrização da tuberculose. Um estudo clínico realizado entre 26.975 homens finlandeses, durante um acompanhamento médio de 6 a 7 anos, encontrou uma alta associação inversa entre a ingestão de vitamina C e a incidência de tuberculose. Indivíduos com maior ingestão de vitamina C e aumento no consumo de frutas e vegetais tiveram um risco significativamente menor de contrair tuberculose.

 


Sinergia de nutrientes contra tuberculose: estudo clínico

Para encontrar uma maneira natural de controlar a tuberculose e melhorar o tratamento convencional dessa doença, realizamos um estudo clínico conjunto em colaboração com médicos da Europa em 120 pacientes hospitalizados com tuberculose ativa. Nesse estudo todos os pacientes receberam o tratamento convencional contra TB, mas uma parte (grupo de teste) recebeu suplementação com uma combinação específica de vitaminas e outros nutrientes por 2 meses.

O grupo de pacientes com TB que tomou micronutrientes junto ao tratamento convencional experimentou melhorias significativas de saúde em comparação com os pacientes que tomaram apenas os medicamentos, tendo cicatrização significativa do pulmão, redução dos efeitos colaterais dos medicamentos (alergias ou reações alérgicas tóxicas), desaparecimento completo da inflamação e da febre associadas à tuberculose e redução significativa da tosse. Os pacientes do programa vitamínico tiveram uma recuperação completa, que foi de 2 a 3 semanas mais rápida.

 

Referências:



 



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