Causas, sintomas e alternativas para a prevenção e tratamento natural.

A Medicina Celular do Instituto de Pesquisa Científica Dr. Rath identificou a causa mais frequente de pressão alta: uma deficiência crônica de nutrientes celulares específicos em milhões de células que constroem as paredes dos vasos sanguíneos. Um suprimento insuficiente ou o desequilíbrio desses micronutrientes essenciais pode levar a espasmos vasculares persistentes e ao espessamento das paredes dos vasos sanguíneos, fatores que podem elevar a pressão arterial.
Alguns desses nutrientes são necessários para a produção de óxido nítrico (NO), que é chamado de “fator de relaxamento vascular”. Outros micronutrientes são fundamentais para manter um ciclo ideal de contração e relaxamento das células musculares lisas e a elasticidade dos vasos sanguíneos. A ação combinada desses nutrientes é necessária para manter a pressão arterial dentro de uma faixa normal.
Tais nutrientes incluem o aminoácido arginina, que é a fonte do “fator relaxante” dos vasos sanguíneos, bem como lisina, vitamina C, magnésio, cálcio, potássio, coenzima Q10, entre outros.
A pressão alta (hipertensão) é um distúrbio comum e um dos fatores de risco que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase 600 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de pressão arterial elevada. Na maioria dos casos, o atendimento realizado pela medicina convencional não consegue explicar ao paciente o que causa a pressão alta.
O que é pressão arterial?
Nosso sangue circula por todo o corpo através do bombeamento constante do coração. A força mensurável com a qual o sangue flui pelas artérias é chamada de “pressão arterial”.
A pressão do sangue depende de muitos fatores:
1) A força de bombeamento do coração: Se o coração bombeia com mais força do que o normal, mais sangue é levado para as artérias e a pressão sanguínea aumenta.
2) Volume de sangue: Se o volume de sangue aumenta, aumenta a pressão arterial.
3) Diâmetro e elasticidade dos vasos sanguíneos: sob certas condições, o diâmetro dos vasos sanguíneos pode estreitar ou expandir e isso está diretamente ligado ao aumento ou queda da pressão arterial. A elasticidade e flexibilidade ideais das artérias são especialmente importantes para a estabilidade da pressão arterial, porque artérias elásticas impedem que a pressão suba muito.
A pressão arterial é medida com um medidor de pressão arterial e seu valor é expresso em milímetros de mercúrio (mmHg) com duas leituras:
Primeira leitura: a pressão sistólica descreve a pressão do sangue nas paredes dos vasos sanguíneos à medida em que o coração se contrai e força o sangue nas artérias (ou quando o músculo cardíaco se contrai).
Segunda leitura: a pressão diastólica descreve a pressão do sangue nas paredes dos vasos sanguíneos à medida que o coração relaxa (entre os batimentos).
As diretrizes médicas consideram que o valor ideal da pressão arterial deve ficar na faixa de 120/80 mmHg. No entanto, uma leitura de pressão arterial abaixo de 130/85 mmHg ainda é considerada normal, mas acima de 140/90 mmHg é diagnosticada como alta. A pressão arterial é geralmente mais alta em pessoas mais velhas como consequência do enrijecimento e endurecimento das paredes vasculares que ocorre com a idade. A pressão arterial geralmente sobe e desce ao longo do dia em um ritmo cíclico e é influenciada por muitos fatores, como atividade física e estresse emocional. Com relação ao estresse, o simples fato de fazer a leitura da pressão pode alterar os resultados.
Na maioria dos casos, a pressão alta não apresenta nenhum sintoma e só pode ser detectada após ser medida. Várias leituras de pressão arterial devem ser feitas em dias diferentes para determinar um diagnóstico de hipertensão.
Causas da hipertensão arterial
A medicina convencional distingue a hipertensão entre primária e secundária:
- Hipertensão primária, diagnosticada como “hipertensão essencial” significa que as causas subjacentes da doença não são conhecidas. É diagnosticada em mais de 90% dos casos de pressão arterial elevada.
- A hipertensão secundária pode desenvolver-se como resultado de doença renal, distúrbios hormonais ou fatores hereditários.
Existem muitos outros fatores que podem aumentar o risco de pressão alta e incluem complicações durante a gravidez, tabagismo, excesso de peso, estresse, medicamentos farmacêuticos que causam efeitos colaterais ou o alto consumo de sódio do sal refinado. Lamentavelmente, a medicina convencional ignorou as deficiências de micronutrientes como causa da pressão alta, mas isso está mudando lentamente.
Sintomas e consequências a longo prazo da hipertensão
Uma vez que a hipertensão arterial nem sempre apresenta sintomas distintos, muitas vezes não é reconhecida. No entanto, algumas pessoas apresentam sintomas indicativos de pressão alta, como dores de cabeça matinais, tontura, sangramento nasal, zumbido, palpitações e sensação de forte pulsação no peito.
Pessoas com pressão alta correm o risco de desenvolver outros problemas de saúde, porque a pressão arterial persistentemente elevada causa um estresse adicional as paredes arteriais. A constrição prolongada prejudica a elasticidade e enfraquece a estrutura da parede das artérias, aumentando o risco de danos. Como resultado, o colesterol e outras moléculas gordurosas transportadas no sangue podem se depositar nas áreas danificadas, levando à aterosclerose e ao risco de ataque cardíaco ou derrame. Constrições e obstruções do fluxo sanguíneo também podem ocorrer nas artérias que alimentam outros órgãos, como os rins e os olhos, causando danos adicionais. É por isso que a disfunção renal e os problemas de visão (retinopatia) são consequências frequentes da pressão alta.
Além disso, o aumento da pressão arterial sobrecarrega o músculo cardíaco, que tem que trabalhar mais para bombear o sangue. Esse estresse constante no coração pode levar ao espessamento do músculo cardíaco, comprometendo assim a função do sistema cardiovascular.
Medicina convencional
A Medicina convencional ignora a causa original da hipertensão arterial em cerca de 90% dos casos porque se concentra no controle dos sintomas em vez de abordar a origem do problema. As recomendações gerais incluem seguir uma dieta saudável, um programa regular de exercícios, manter o peso ideal, parar de fumar, relaxar e limitar o consumo de sal e álcool.
Se essas medidas não conseguem baixar a pressão arterial, geralmente são prescritos medicamentos como diuréticos, betabloqueadores e vasodilatadores (inibidores da ECA, antagonistas do cálcio). Estudos mostraram que os medicamentos anti-hipertensivos são um dos mais prescritos nos Estados Unidos. Com os custos dos medicamentos aumentando todos os anos, a população, especialmente de idosos, pode acabar gastando milhares de dólares por ano em medicamentos prescritos para controlar a pressão arterial. Embora a maioria desses medicamentos (incluindo diuréticos, bloqueadores dos canais de cálcio e inibidores da ECA) possam reduzir a pressão arterial, eles não eliminam sua causa e são prescritos para serem tomados por toda a vida, ou seja, são uma sentença de convívio duradouro com a doença sem que seja investigada sua origem.
A hipertensão arterial secundária desenvolve-se como resultado de outros problemas de saúde. Por exemplo, se a hipertensão se desenvolver como consequência de uma doença renal, a eliminação dos problemas renais pode levar à redução ou normalização da pressão arterial sem necessidade de tomar medicamentos para pressão alta. Mas nem todo diagnóstico realizado pela medicina convencional leva em conta o fator secundário, podendo classificar o paciente como portador de hipertensão para o resto da vida.
Medicina Celular
A Medicina Celular define que a saúde e a doença são determinadas ao nível das milhões de células que constroem nossos tecidos, órgãos e todo o organismo. Concentra-se na causa das doenças, na prevenção e correção natural de muitos problemas de saúde.
Todas as células do corpo requerem quantidades suficientes de vitaminas, minerais, aminoácidos e outros nutrientes para funcionar de forma ideal. A maioria dos nutrientes são biocatalisadores de várias reações enzimáticas em cada célula e, se não forem fornecidos em quantidades ideais, as células começarão a funcionar mal, levando ao aparecimento das doenças nos órgãos.
De acordo com a Medicina Celular, na maioria dos casos, a hipertensão arterial se desenvolve como resultado da deficiência crônica de vitaminas e outros nutrientes essenciais nas células que constroem as paredes arteriais. Essa deficiência pode levar a um espasmo persistente dos vasos sanguíneos e sua incapacidade de responder a um fluxo sanguíneo pulsátil, o que pode aumentar a pressão arterial. Alguns desses nutrientes, como o aminoácido arginina, são necessários para a produção de fatores biológicos “relaxantes”. Esses fatores ajudam a diminuir os espasmos das paredes das artérias, permitindo que elas expandam seu diâmetro interno, reduzindo assim a pressão arterial.
O papel dos micronutrientes sobre a pressão arterial já é um fato conhecido. A abordagem primária mais eficaz para manter a pressão arterial ideal se dá por meio da ingestão de micronutrientes específicos em sinergia, incluindo os nutrientes de frutas e vegetais. Isso foi confirmado em nossos estudos de laboratório realizados em células.
Também avaliamos os efeitos dos micronutrientes em um estudo clínico piloto. Esse estudo foi realizado por um período de 32 semanas e envolveu pacientes que sofrem de hipertensão. A pressão arterial média inicial medida no início do estudo foi de 167/97 e, após 32 semanas de suplementação com nutrientes celulares, as leituras médias de pressão arterial diminuíram para 142/83. Isso mostra que a ação sinérgica de micronutrientes essenciais foi eficaz em diminuir a pressão arterial sistólica em 16% e a pressão arterial diastólica em 15% sem efeitos colaterais.
Referências:
Artigo original publicado em: https://drrathresearch.org/component/content/article/93-research/201-hypertension?Itemid=435