Importante para a saúde da pele, redução do envelhecimento prematuro, saúde dos cabelos e do sistema nervoso.
O magnésio é o quarto mineral mais abundante em nosso corpo e, embora seja muito importante para a saúde humana, seu papel ainda é subestimado. Nossa dieta fornece menos da metade da dose diária recomendada, motivo pelo qual cerca de 50% a 75% da população tem deficiência crônica de magnésio. A deficiência de magnésio tem sido associada ao envelhecimento precoce, estresse, consumo excessivo de álcool, tabagismo e doenças que afetam o trato digestivo, fígado e rins. Drogas como diuréticos removem ainda mais o magnésio disponível no organismo.
A deficiência de magnésio não é fácil de identificar porque não apresenta sintomas específicos. Pode se manifestar como tontura, dificuldade de concentração, irritabilidade, fadiga, ansiedade, depressão, constipação, dores de cabeça e cãibras musculares.
O mineral magnésio é vital para a produção de energia celular na forma de ATP, que é importante para todas as funções biológicas do corpo. É especialmente reconhecido por atletas por melhorar o desempenho físico e promover a recuperação após atividades desgastantes. O magnésio participa como cofator em mais de 300 processos bioquímicos no organismo, incluindo a síntese de DNA e RNA e a produção do antioxidante glutationa. O magnésio também é importante para a saúde cardiovascular, apoiando as contrações do músculo cardíaco e batimentos cardíacos regulares. Também é importante para manter os vasos sanguíneos fortes por seu papel na produção de colágeno e na preservação do tônus e da elasticidade da musculatura vascular. Essa propriedade de relaxamento muscular é importante para manter a pressão sanguínea saudável.
Níveis baixos de magnésio estão associados a níveis mais elevados de colesterol LDL no sangue e a um risco aumentado de aterosclerose, arritmia e insuficiência cardíaca. Além disso, o magnésio melhora a sensibilidade das células à insulina, levando a um controle glicêmico melhor e mantendo saudáveis os níveis de açúcar no sangue. Ainda não é amplamente conhecido que o magnésio desempenha um papel central na condução dos impulsos nervosos e na coordenação neuromuscular. Ele controla a excitação excessiva dos nervos, protegendo-os de danos (excitotoxicidade). Essas propriedades neuroprotetoras são importantes em distúrbios psicossomáticos como enxaquecas e outras dores crônicas, ansiedade, depressão, epilepsia e doenças de Parkinson e Alzheimer.
Administrado por via intravenosa, o sulfato de magnésio pode reduzir o risco de convulsões na hipertensão relacionada à gravidez (pré-eclâmpsia) e pode ajudar a reduzir as chances de parto prematuro. O magnésio está envolvido em vários processos fisiológicos nos sistemas psico-neuro-endócrinos e afeta o funcionamento do hipotálamo e da glândula pituitária. Seus benefícios incluem a produção de serotonina e melatonina, os hormônios relaxantes que ajudam na redução do estresse e melhoram o sono. O magnésio é essencial para a memória, aprendizado e saúde cognitiva em geral.
Aproximadamente 50% a 60% do magnésio do corpo é armazenado nos ossos, onde regula os níveis de cálcio e fósforo e ativa o hormônio da paratireoide e a vitamina D. Essas funções são importantes para o crescimento, remodelação e mineralização dos ossos e redução dos riscos de osteoporose e fraturas. O potencial anti-inflamatório do magnésio ajuda a reduzir a degeneração óssea e articular. O magnésio também é conhecido como o “mineral de beleza”, importante para a saúde da pele, crescimento do cabelo, redução do envelhecimento prematuro e contra queda de cabelo. O magnésio pode ser obtido de várias fontes alimentares e suplementos. Embora o processamento da comida possa remover até 80% do magnésio dos alimentos, ele pode ser fornecido por nozes, sementes (abóbora, linhaça, girassol), feijão, grãos, vegetais de folhas verdes e frutas (banana, goiaba e abacate por exemplo). Lembrando sempre que apenas os alimentos orgânicos e agroecológicos tem valores nutricionais consideráveis (entenda o porque aqui).
Uma dose diária maior de magnésio pode ajudar a reduzir o risco de demência
“Mais magnésio em nossa dieta diária leva a uma melhor saúde do cérebro à medida que envelhecemos, de acordo com cientistas do Laboratório de Neuroimagem e Cérebro da Universidade Nacional Australiana.” (fonte: medicalxpress.com)
O magnésio é um cofator em mais de 300 reações enzimáticas essenciais para a saúde. Entre suas principais funções estão as de ajudar a regular o sistema nervoso, incluindo contrações musculares e transmissão de impulsos nervosos; manter o batimento cardíaco saudável; regulação da pressão arterial; apoiar o desenvolvimento e manutenção dos ossos e ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue.
Pesquisas sugerem que os suplementos de magnésio podem ser uma alternativa aos medicamentos antidepressivos. Um estudo publicado em 2017 descobriu que a suplementação diária com magnésio leva a uma diminuição significativa nos sintomas de depressão e ansiedade, independentemente da idade, sexo, gravidade basal da depressão ou uso de medicamentos antidepressivos do paciente.
Quando tomado junto com doses diárias de vitamina D3 e vitamina B12, os suplementos de magnésio também demonstraram ajudar a reduzir a gravidade da doença em pacientes idosos com COVID-19.
Para ler mais sobre pesquisas que comprovam os benefícios do magnésio no controle da pressão alta, consulte este artigo no site da Fundação Dr. Rath.
Níveis mais altos de magnésio ligados à menor hostilidade entre jovens adultos americanos
“A associação dose-dependente entre níveis mais altos de magnésio e menor hostilidade em jovens adultos americanos foi ainda mais pronunciada entre aqueles com maior ingestão de ômega-3, relatam pesquisadores na revista Nutrition Research.” Fonte: nutraingredients-usa.com
Pesquisas de vários países produziram evidências convincentes de que uma dieta pobre contendo baixa ingestão de micronutrientes pode ser um fator causal no comportamento antissocial. Essa evidência abre possibilidades para uma abordagem fundamentalmente nova para reduzir o comportamento violento e agressivo em nossas sociedades, sugerindo que, corrigindo as deficiências de micronutrientes, tal comportamento pode ser melhorado.
Um estudo do Reino Unido publicado em 2002 é um dos marcos da pesquisa nessa área, encontrando evidências claras de uma ligação entre ingestão alimentar e comportamento violento em um estudo bem planejado que deu suplementos nutricionais a prisioneiros.
Durante o estudo, as pessoas que receberam os micronutrientes cometeram 37% menos crimes violentos e 26% menos crimes no geral, enquanto as taxas de incidentes disciplinares permaneceram substancialmente inalteradas para aqueles que receberam placebos.
A ideia por trás dessa pesquisa é essencialmente simples: o cérebro precisa ser nutrido, assim como todos os outros órgãos do corpo sendo, portanto, vital considerar as necessidades nutricionais do cérebro como um fator-chave para influenciar o comportamento humano.
Curiosamente a mesma ideia foi lançada quando Archibald Sinclair, então secretário de Estado da Aeronáutica, persuadiu o governo britânico durante a guerra em 1942 a complementar a dieta das crianças do país com óleo de fígado de bacalhau e suco de laranja, alegando que, entre outros males, dietas inadequadas poderiam levar a comportamentos antissociais.
Mais suporte para esta teoria vem de um trabalho realizado nos Estados Unidos que descobriu que crianças em idade escolar que receberam suplementos diariamente por um período de 4 meses demonstraram comportamento melhorado.
A agressividade é uma característica comum da vida prisional em muitos países. Com as ligações entre dieta, nutrição e comportamento tornando-se cada vez mais compreendidas, uma melhor nutrição pode ser uma contribuição significativa para a reeducação social.
Comprovadamente o magnésio é um nutriente fundamental para a saúde humana. Obtê-lo através da alimentação orgânica e agroecológica e da suplementação alimentar (respeitando o princípio de sinergia segundo o qual os nutrientes não trabalham sozinhos), são caminhos que, efetivamente, podem melhorar os níveis de saúde de toda a sociedade.
Divulgação: Saúde para Todos Brasil
Fonte: Instituto de Pesquisa Dr. Rath; Fundação Dr. Rath; PUBMED.
Artigo original publicado em: https://www.drrathresearch.org/latest-news/item/170-are-you-taking-enough-magnesium
Comments